segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Adoráveis momentos de uma mulher - 2015

Pela primeira vez, ela não mentira sobre com quantos caras ela já tinha dormido, nem para as amigas nem para o namorado.

Pela primeira vez, ela andou com preservativo na bolsa, sem medo de parecer "assanhada".

Pela primeira vez, não teve vergonha de usar roupas mais curtas, ou mais "ousadas", como dizem por aí.

Pela primeira vez, ela enxergou que abordagem de marmanjão truculento não é excesso de carinho, mas agressão, violência.

E assim ela dançou, dançou, dançou, até o dia amanhecer..

Pela primeira vez, ela reivindicou seu lugar ao sol, sem antes pensar que precisa antes "endurecer", ou ser menos feminina.

Pela primeira vez, ela disse para a filha que é okay trocar as aulas de futebol pelas classes de ballet, trocar a tiara pelo boné, se assim lhe aprouver.

E assim ela sorriu, sorriu, para quem quiser perceber..


E de primeira em primeira vez, ela foi ficando leve, cada vez mais leve, até flutuar.

Não é ela que mudou. Ela é a mesma pessoa de sempre. A mesma pessoa adorável, que devolve gentileza a quem dá gentileza.

O que mudou é sua atitude em relação às coisas da vida.

Por mais primeiras vezes como em 2015.

Relacionamentos 101

Você conhece uma pessoa em que, até hoje, você não entende o porque ela fez faculdade? Todos conhecem, na verdade.

Não estou falando daquele colega seu que fez direito com você, e se revelou um baita dum escritor; ou o que fez engenharia na sua sala, e hoje em dia tem uma loja de materiais de construção. Todos nós percorremos uma grande estrada, cheia de atalhos, saídas, e planos podem ser estabelecidos e reconfigurados a todo momento.

Estou falando daquele sujeito, ou sujeita, que já lá atrás não tinha a menor ideia do que estava fazendo na faculdade. Onde, só de você olhar para ele, sofria com sua insegurança, indefinição, falta de noção do que fazer da sua vida. E ele só era seu colega por que, de alguma forma, sentia que era uma obrigação possuir um diploma, de qualquer área que fosse.

Então, porque não existirem faculdades em que as pessoas aprendam coisas, digamos, mais práticas da vida? Como por exemplo um curso que ensine as pessoas a serem bons filhos, ou bons namorados, ou "o que é uma fila indiana", ou "saiba como identificar uma lixeira pública".

Se existisse uma faculdade do amor, qual seria a grade curricular?

Penso que no primeiro ano não poderia faltar "Introdução aos Relacionamentos", ou "Relacionamentos 101".

Para iniciantes, é comum que seja ensinado não o que fazer para um relacionamento dar certo, mas o que não fazer para o relacionamento não dar errado.

Pois para manter de pé um relacionamento de longo prazo, é preciso ser ou fazer muita coisa: ser paciente, compreensivo, esforçado, resiliente, dar assistência, comprar presentes, não esquecer datas importantes, e por aí vai. O injusto é que UM passo em falso pode fazer toda essa fortaleza chamada relacionamento, construída tijolo por tijolo, ser derrubada em instantes.

Colocando em termos mais visíveis: construir um relacionamento é igual erguer aquele castelo de areia na praia, com torre, cômodos, a princesa no topo, jardim, tudo nos detalhes mais mínimos, e o erro que pode botar tudo a perder é a voadora do moleque que derruba esse castelo em instantes.

Confesso ser meio anti-romântico comparar um relacionamento a um castelo de areia. "Há relacionamentos construídos em bases mais sólidas que areia", diriam os pombinhos mais apaixonados. Sim, eu sei, mas não há relacionamento que possa ser devastado em instantes, como uma tempestade de verão que não deixa pedra sobre pedra.

É por isso que, numa faculdade dos relacionamentos, o básico do básico do básico seria aprender o que fazer para NÃO destruir seu relacionamento.

Existem etiquetas básicas, como não dormir com o(a) melhor amigo(a) do seu/sua companheiro(a), enquanto estão juntos claro, ou pedir seu cartão emprestado e desfalcar tremendamente sua conta bancária. Mas, a não ser que você seja um traidor ou estelionatário compulsivo, as coisas costumam ter muito mais nuances. E você, claro, precisa notá-las.

Um amigo já perdeu a namorada porque, ao contrário do ex-sogro, pai coruja que a tratava como uma princesa, pediu um dia para ela buscar o lanche do Mcdonald's. Diria essa ex-namorada que esse pedido foi mais broxante do que fazer sexo de meia, ou morar com os pais aos 50 anos.

Já outro, nunca mais teve retornada as ligações depois de ter dito, para a garota, que mulher que sai com ele nunca paga a conta; ele era um tolhedor, um castrador, disse ela, antes de ir embora para nunca mais voltar.

Não cabe mais, em pleno 2015, falar coisas como "as mulheres não sabem o que querem". Pode até ser que fulana X ou sicrana Y realmente não saibam, assim como existem diversos fulanos e sicranos tão semelhantemente indecisos, mas muitas vezes as dicas sobre as intenções delas estão aí, espalhadas no ar para você pegar. Cabe ser gentil sem forçar a barra no cavalheirismo superficial, cabe respeitar a independência dela sem tratar isso como ela fosse uma heroína ou coisa do tipo.

Então, no "Introdução aos Relacionamentos", o que fazer para não destruir seu relacionamento? MUITA coisa. Mas diríamos que um curso sobre relacionamentos só poderia ficar no básico do básico (como "não roubarás" e "não trairás" já mencionados); a análise do que não fazer é casuística, ou seja, analisada caso a caso como as famosas aulas de Robin 101 no How I Met Your Mother.

Dica: só NÃO mude seu jeito para agradar alguém, ou para mantê-la/mantê-lo. Porque, nesse caso, a resposta para a maioria das perguntas se traduz num grande "Depende":

-Devo ou não Fumar? Depende;
-Devo beber socialmente, beber muito ou não beber? Depende;
-Devo agir de forma mais moderna, liberal, ou "à moda antiga"? Depende;
-Devo só fingir que gosto de Beatles, Ópera, Bossa Nova, ou abrir o jogo logo que eu achei legal umas música do CD Novo do Justin Bieber, além de requebrar dançando Calypso? Depende;
-Devo ficar comportado do lado da pessoa, ou dançar descabeladamente? Depende;
-Devo dizer que sou petista, tucano, corinthiano ou vascaíno? Outro grande depende.
-Devo dizer que sou vegano, que adoro churrasco argentino ou ambos? Deixa eu ver...

....depende! Não faça isso. Se você mudar seu jeito, sua vida vai se tornar um grande depende, até ao ponto que você se amoldou completamente aos gostos e pretensões da outra pessoa.

Complicado? Veja que só estamos na disciplina "Relacionamentos 101". Outra hora escrevo mais sobre o que não fazer em relacionamentos..

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A garota perfeita.

Eu já idealizei demais a mãe dos meus filhos. Ou melhor, as mães dos meus filhos. Por que a cada momento da minha vida ela assumia feições e características diferentes.

-Aos 13, só bastava ela me querer.
-Aos 15, só bastava ela tolerar e até gostar da minha mão boba.
-Aos 18, que tivesse belos seios.
-Aos 20, que fosse simpática, bonita e tivesse bom gosto musical.

-E finalmente aos 25, que fosse simpática, linda, magra, belos seios, belo sorriso, bom humor, boa experiência sexual e sentimental, bom gosto musical, conhecimento básico sobre os clássicos da sessão da tarde, família bem-estruturada, boa formação universitária, posição política e ideológica esquerdista, que não cometesse erros crassos de gramática, que tivesse afeto por cachorros, bebês e fast food, relativamente ciumenta sem parecer doentia, especialista em massagens e cafunés, e a lista vai aumentando cada vez mais com o tempo...

Ocorre que a futura mãe dos meus filhos nunca esteve disponível para mim!

-Aos 13, eu era nerd e tímido demais para alguma garota me querer.
-Aos 15 e meio, o máximo que poderia conseguir com a mão boba na primeira vez que beijasse uma garota era um belo de um tapa na cara!
-Aos 18, existiam sim garotas com belos seios, mas de novo, tímido e nerd demais para abordá-las!
-Aos 20, bem, eu já tinha acesso a garotas bonitas, simpáticas e com bom gosto musical, mas aí estava preocupado demais em me manter bêbado em festas de faculdade!
-E aos 25, já tendo acesso a uma variedade até que grande de garotas interessantes, nunca me satisfazia pois a quantidade de requisitos aumentava em progressão geométrica!

Acontece que, logo depois de completar 26, eu me apaixonei. Ela tinha praticamente todos os requisitos e especificações idealizadas, e ainda acrescentou novos itens à lista, como saber de cor a letra de "esporrei na manivela" ou de ser - às vezes até irresponsavelmente - destemida e corajosa, dentre outras coisas.

Só que eu não fiquei satisfeito. Inventei novos requisitos de improviso, de última hora, que sempre foram e sempre serão irrelevantes pra mim. Me transformei em um turrão, sistemático e exigente, pronto para tentar convencer (eu e ela) que não valia a pena.

Ah, os requisitos! A gente passa tanto tempo calculando os riscos, com medo de se decepcionar, julgando e analisando as pessoas, e esquece de amá-las.

Aí, eu me dei conta de algo. A garota perfeita, ou a pessoa perfeita, não é a que preenche todas as características que você sempre quis. Mas a que te faz sentir de uma maneira que você nunca pensou que fosse possível.

Ela não precisa ser exatamente da maneira que você idealizou, porque na verdade ela é muito melhor do que isto, ela é de carne e osso; ela comete erros, mas também acerta em diversas coisas; ela tem um passado de vitórias e decepções, sorri nos bons momentos e chora quando sente vontade.

Defeitos todos têm. Qualidades idem. Por isto, se hoje tenho um conceito de garota perfeita, termino a minha lista assim:

-Aos 27, ela precisa ser sincera, bonita de um jeito que eu reconheça e espontânea. Ponto final. Nada de milhares e milhares de pré-requisitos!

......

Ok, ok, se ela tiver belos seios, eu não reclamarei! Mas sou bem flexível quanto a este requisito, rs!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A cronologia do "eu te amo"..

http://www.youtube.com/watch?v=s830CSutPoE&ob=av2e

Como hoje, 14 de fevereiro, é a data dos Valentines, uma data muito romântica e etc. e tal, penso que seria interessante abordar um assunto bem legal que vi no seriado How I Met Your Mother...

É sobre a cronologia do "Eu te amo", que é composta por várias fases usuais.

"Eu te amo" é uma expressão diferente de todas as outras que conhecemos. Coisas que as pessoas dizem todos os dias, como 'eu te adoro', ou 'eu te odeio', ou 'eu estou apaixonada(o) por você', ou 'você é o(a) melhor na cama que já tive', podem ser ditas instantaneamente, pois expressam sentimentos mundanos, na maior parte das vezes passageiros, que podem surgir e se dissipar num piscar de olhos! (ou na cama seguinte)

Agora "eu te amo" não. "Eu te amo" é insano, é de outro mundo, e traduz um sentimento que lentamente, dia após dia, vamos construindo dentro de nós.

-Em primeiro lugar, existe o momento em que você pensa que está pensando amar a pessoa, pois de repente, surpreendentemente, este sentimento ocorre em sua cabeça. É um momento estranho, gostoso, assustador, feliz, em que você vai se flagrar perguntando para si mesmo, e em voz baixa: "uou! peraí, é isso mesmo?". Você nunca tinha pensado nesse assunto antes, mas simplesmente parece...certo!

-Depois, existe o momento em que você pensa que sabe que ama a pessoa. Geralmente nesta fase há efeitos colaterais como passar o dia inteiro sorrindo ou fazendo as coisas mais idiotas do mundo, como se trancar bêbado no banheiro da casa do seu amigo no meio de um churrasco - para ligar para a pessoa no meio da madrugada - porque você não pode esperar até o dia seguinte.

-Aí, entramos naquela fase em que você sabe que sabe sobre o que sente, mas ainda não pode dizer nada. Você consegue falar sobre todo e qualquer assunto: sobre o seu dia-a-dia, sobre suas preferências (sexuais, culinárias e lado predileto pra dormir junto na cama), e até sobre as questões mais embaraçosas - como no dia em que foi expulso de uma festa de adolescentes não sendo um........adolescente -, mas guarda o seu segredo a sete chaves.

-Por fim, existe aquele momento em que você tem essa certeza absoluta ("sabe que sabe") e não pode mais guardar o seu segredo. Você tem que dizer a todo custo, porque a sua boca simplesmente não segue mais o seu instinto conservador, e você já não tem nenhum controle sobre o que você fala ou expressa.

Você se torna um(a) verdadeiro(a) irresponsável do amor, um ser brega e sorridente que vê graça até na visita ao dentista pra arrancar o dente do ciso, o que na verdade é muito bom!

Eu te amo. Eis a expressão que traduz o sentimento que - salvo alguns casos prematuros de "Eu te Amo", ou em casos de pessoas que têm compulsão/fetiche por estas palavras - na maior parte dos casos segue estes estágios normais!

E você, já passou ou está passando pelas quatro fases usuais? Se sim, e atualmente está na quarta fase, Feliz Valentines! Se não, relaxe, abra uma cerveja e comemore mais uma terça-feira absolutamente normal!
Um abraço!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Cachorrada, Patotada...

As meninas chegaram para alegrar a casa! Que virou uma bagunça só!

Primeiro, a Belinha:


Essa sapeca ficava o tempo inteiro na frente de casa, e sempre quando saía para algum lugar e estava de volta, de carro, ela vinha toda serelepe e desengonçada falando "ah!! você chegou! cadê a minha ração e a minha água?!".

Depois do Simba, quarto integrante da família por 14 anos, a nossa casa tinha ficado sem a companhia do melhor amigo. Por isso, acabamos comprando ração pra sapeca, dando banhos semanais nela e eventualmente tirando algumas pulgas do seu cocoruto.

No final, acabamos ficando com ela. Que não perde a oportunidade de dar suas escapulidas pelas ruas atrás de pedaços de osso e de namoradinhos, porque ninguém é de ferro né? Sorte (ou azar) nossa que ela não pode ter filhos!

Como se não bastasse, do nada acabou surgindo outra cachorrinha, que também vinha pedindo comida e um pouco de água:



Com esta não teve jeito: dois dias depois, ela já estava fazendo companhia para a Belinha. Minha mãe acabou apelidando-a de Minnie, aquela ratinha, namorada do Mickey Mouse. Pudera também, pelo seu tamanho ela parece mesmo um ratinho, ou um Mini-cachorrinha.

As duas acabaram formando uma dupla infalível, não brigam nunca - porque uma é mais medrosa e "paz e amor" que a outra - e, claro, quando tem oportunidade saem correndo atrás de ossos e...namorados!

Confesso que a rotina da casa ficou mais alegre ainda com a presença dessas bagunceiras. Aliás, bagunça e vira-latas são palavras que sempre andam juntas!

Aliás, eu vou é largar o computador, largar os livros um pouco para me juntar a elas..fui!

PS: era para eu ter colocado foto das minhas garotas neste post, mas a falta de câmera e o estado precário da câmera do meu celular deixa tudo isto pra um dia no futuro! Desculpa!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Coisas que as nossas (futuras, antigas e atuais) namoradas do mundo merecem...

Em defesa corporativa dos piores namorados do mundo, aqueles que foram reprovados com nota E- no difícil teste do amor, venho por meio desta redigir uma lista de coisas que todas as namoradas do mundo, passado, presente e futuro, merecem:

1- Cartas de amor: esqueça um pouco essa chatice internética de e-mails, sms's e mensagens no facebook. Dê uma chance às belas e românticas cartas de amor. E não se esqueça: quem não sabe ser ridículo não demonstra com maestria o seu amor! Por falar nisso, quanto mais ridículas forem as cartas, melhor!

2- Flores: sim, elas adoram flores, muitas flores. Dê flores sempre! Não importa a situação, não importa o lugar. Mande flores quando ela estiver de TPM, tente um buquê de rosas quando o time dela perdeu o campeonato, mesmo que você esteja se borrando de rir por dentro.

E lembre-se: aposte na simplicidade. Uma rosa colhida no parque para a sua amada durante a sua andança matinal pode deixá-la radiante pelo resto do dia.

3- Elogios: as mulheres gostam, veneram, precisam e vivem de elogios. Elogie o seu jeito de andar, elogie o seu sotaque de menina do interior no telefone, elogie como ela fica sexy no vestido curto que a mãe dela tanto censura, elogie a sua performance nos momentos mais íntimos.

Elogie sempre, não como um joão bobo na frente do melhor dos espetáculos, mas como aquele poeta matreiro, que está sempre de passagem, sempre de saída, sempre despertando nelas a superfêmea adormecida e, principalmente, deixando o gostinho de bis.

Mas não ouse mentir: ao contrário de nós, ex-'s, atuais e futuros namorados deste mundo, elas têm um radar muito bom para detectar falsos elogios.

4- Novidades: simples e direto. As mulheres gostam de novidades. Seja um lugar novo para levá-la pra jantar, seja uma posição nova do kama sutra, jamais deixe a sua namorada pensar que o namoro de vocês é um filme que ela tem a impressão de já ter visto milhares de vezes.

5- Ouvidos: namorados unidos deste mundo, sejam todos ouvidos a nossas garotas! Ouça com deleite cada detalhe, cada capítulo do infindável drama da vida que é o cotidiano das queridas deste mundo!

E tenha a sabedoria para apreciar as reclamações: sobre o trabalho, sobre a pia que quebrou, sobre o horóscopo ter errado a previsão, cruzes!

Vejam bem! Que graça teria se elas só reclamassem das verdadeiras tragédias? Nenhuma! Mostre-se compadecido com os problemas dela, não tente arrumar soluções para questões insolúveis e ouça meu amigo, ouça sempre, porque é preciso!

E não me venha com essa que que elas são irritantes ou dramatizam demais: se está insatisfeito, não namore ou vire gay.

6- Sorrisos: meu amigo, bom humor é requisito indispensável para um homem na opinião de dez entre dez mulheres do mundo! Ninguém disse que você precisa ser engraçado igual o palhaço Bozo, ou contar piadas um integrante do CQC.

Mas não esqueça de fazê-la sorrir! Sempre! Se tem uma coisa que elas merecem é estar sempre sorrindo! Porque tem poucas coisas no mundo mais encantadoras do que uma mulher que sorri com o seu corpo todo, que sorri como se estivesse lavando a alma, que sorri esquecendo todos problemas do mundo, como guerras, fome, pobreza, tpm, balança!

7- Respeito ao seu lado adolescente: toda mulher que se preza - pelo menos as mais admiráveis - tem o seu lado adolescente. E a nós cabe absoluto respeito!

Caro companheiro: não se assuste se a sua namorada que tem no currículo dois divórcios, inúmeras decepções e incontáveis canalhas, sem-vergonhas e tranqueiras encontrados no seu caminho, ainda acreditar em histórias de contos de fadas e pensar que você é o príncipe encantado dela!

E jamais abomine se ela quiser que você a acompanhe no show daquela boy band que você tanto detestou na sua adolescência.

Isso não significa de modo algum que ela é imatura. Apenas significa que ela ainda conserva uma parte do período mais doce da vida dela, e isso não tem nada de errado, é lindo, para falar a verdade.

8- Beijos, abraços e massagens: resumindo em uma só palavra, elas merecem carinho. Elas querem abraço em um dia de chuva, beijos na porta do cinema, mãos dadas para ir para o banheiro.

Então dê carinho! Não precisa se tornar pegajoso nem algo do tipo, só não deixe trancafiado no baú do seu quarto toda a admiração que você tem por ela! Aja assim que você será recompensado em dobro na hora certa!

E o sexo? Ah, o sexo, para elas, é uma baita de uma demonstração de amor!

Então não se esqueça, jamais esqueça, de demonstrar que você a admira por inteiro: beije-a por inteiro, acaricie-a por inteiro, não deixe uma parte só do corpo que seja descoberta! Explore o corpo de sua pequena e chegue a mares nunca dantes navegados!

Mas NUNCA o faça por mera obrigação. Deleite-se com os encantos femininos, delicie-se com cada gesto, cada jogada de charme, e até com cada defeito de sua garota.

Não é a toa que "o seu corpo é o país das maravilhas", de John Mayer, porcamente traduzido do inglês, é a canção que mais desperta a libido das garotas mundo afora..

Mas não se contente apenas com isto! Avance! Faça a sua pequena se sentir a garota mais desejada do mundo e também desperte nela todos os seus instintos mais animalescos! Porque na intimidade, no seu refúgio, elas querem que alternemos momentos de príncipe encantado do conto de fadas com o homem das cavernas!

9- Confiança, respeito e conciliação: segundo o saudoso Poeta, "há que ser bem cortês sem cortesia, doce e conciliador sem covardia". Este é o ponto nevrálgico de todo e qualquer relacionamento.

Sem confiança e respeito, sentimento algum, por mais forte que seja, subsiste. O relacionamento entra em um ciclo de desconfiança, brigas e mágoas que tem como única consequência a rua da amargura.

Meu amigo, não te peço para ser cego ou suicida, mas prefira SEMPRE a confiança ao invés da desconfiança, a reconciliação ao invés da briga, o "amanhã conversamos melhor" ao invés de discutir relação de cabeça quente.

Bravo companheiro, o amor pode acabar a qualquer momento, em qualquer esquina, afogado em um abraço ou agonizante no leito de morte da rotina, este duro cavalo de tróia do amor. Só que o respeito e a consideração, esses sim, devem ser eternos! Para que, depois de tudo e acima de tudo, possamos dizer com o peito estufado que foi "infinito enquanto durou".

Bem, eu poderia continuar escrevendo infinitamente sobre o que as mulheres merecem. Sei que a necessidade das mulheres varia conforme a pessoa, condição de tempo, hormônios, quantidade de chocolates consumidos, etc. etc. etc.

Confesso que eu, da mesma forma que 99,9% dos homens do mundo, não tenho a menor ideia do que se passa na cabeça de uma mulher. E acho que nem elas mesmas têm ideia!

Então agora sim, depois de idas e vindas, tempos e contratempos, entendo aquela assertiva: "não tente compreendê-las por completo, mas sim amá-las por completo".

Bem, vou ficando por aqui. Confesso que, nos meus namoros, não cumpri nem metade dos itens que elenquei neste texto! São coisas que, apenas depois, vi que tinha deixado passar. Quem sabe numa próxima oportunidade...

Então se você, moçoila romântica perdida neste mundo, tem mais alguns itens para sugerir, não esqueça de me contatar!
Fui!

Pós-epílogo?


PS: ler este texto tendo como trilha sonora esta música http://www.youtube.com/watch?v=r5Or6-HOveg, pois o texto teve como inspiração a sua melodia e letra.

Deus, como foi estranho ouvir notícias suas! Saber agora que está feliz, com outra pessoa!

Na minha cabeça, fica rodando insistentemente o filme de quando você me disse desejar que o nosso amor durasse para sempre. Engraçado, tenho a estranha sensação que esse momento nunca aconteceu de verdade, e foi extraído de um sonho que tive enquanto estava dormindo abraçado ao travesseiro que você me deu, lembra?

Hoje em dia eu fico me revirando na cama tentando lembrar o seu nome: e não consigo, porque a todo momento me arrisco a te alcançar subindo uma imensa escada giratória e você sempre está dez passos a minha frente. Apenas consigo enxergar seus lindos pés descalços, e você se comunica comigo por meio do barulho dos seus passos, como se quisesse me convencer a não impedi-la de chegar ao topo do mundo!

Enquanto eu fico brincando de Lancelot, com minha espada de brinquedo e fantasias medievais, você já devolveu ao seu guarda-roupas a sua fantasia de princesa encantada, convencida que só a vestirá de novo no próximo carnaval, ou quando sentir que encontrou alguém que mereça vê-la assim, tão frágil e bela, novamente.

E prometeu a si mesma, como fez a mocinha no conto de fadas jamais idealizado por Walt Disney, que não ousaria colocar de novo os pés nas amaldiçoadas ruas do que sobrou do nosso cinzento mundo, enquanto eu vagava nelas igual um embriagado sem memória e sem rumo certo, contando na chuva os níqueis que sobraram de troco da nossa malsucedida história de amor.

Agora, finalmente, já não sinto mais você por perto. Você está neste exato momento caminhando por outras regiões da cidade, iluminando com o seu sorriso todos os lugares por onde passa, fazendo com o seu otimismo ingênuo, quase infantil, florescer lindas paisagens às pessoas que te rodeiam. E deve estar se perguntando em qual das suas doze encarnações você me conheceu.

Ah, como é estranho ouvir notícias de você! Quem sabe um dia nos encontremos casualmente pelas ruas da vida e só tenhamos assuntos triviais pra conversar, como culinária, inflação da mensalidade do colégio dos nossos filhos, política...

Se você quiser, eu posso te enviar cartões postais dos lugares, reais ou imaginários, que visitei, cantar para você em todos os anos bissextos esquecidas cantigas que falam de belos amores nunca utilizados, ou até te enviar por e-mail pequenos textos escritos de improviso quando você se sentir triste e desmotivada...

Porque tudo o que sobrou para mim é nostalgia e inspiração para escrever este texto para você. Todos os erros, pecados e arrependimentos parecem pertencer a um "eu mesmo" que já fui outrora, mas que hoje já não mais existe, um "eu mesmo" que não consigo mais reconhecer no espelho.

Assim, não restou nada do que lamentar, e não estou triste pelo fato de não haver mais o que salvar entre nós. Eu te quis demais e hoje consigo entender que ofereci a você exatamente o que estava dentro das minhas possibilidades.

Mesmo assim, que estranho ouvir notícias suas!